Política
Orçamento 2026 prevê aumento do salário mínimo, mas congela Bolsa Família
Proposta do governo também amplia Auxílio-Gás, mas preocupa pelo impacto nos programas sociais

O governo federal apresentou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária de 2026, que traz mudanças importantes para o bolso dos brasileiros. Entre os destaques está o reajuste do salário mínimo, que deve passar de R$ 1.518 para R$ 1.631 uma alta de 7,44%, combinando reposição inflacionária e aumento real de 2,5%.
Por outro lado, o Bolsa Família não terá reajuste no próximo ano. O programa segue com orçamento de R$ 158,6 bilhões, o mesmo de 2025, mesmo atendendo a quase 20 milhões de famílias. Na prática, isso significa perda de poder de compra diante da inflação.
Já o Auxílio-Gás terá aumento de verba, passando de R$ 3,6 bilhões para R$ 5,1 bilhões. Apesar do reforço, o valor ainda está abaixo da ampliação prometida, que ultrapassaria os R$ 10 bilhões.
O governo também projetou superávit primário de R$ 34,3 bilhões (0,25% do PIB), dentro das metas do novo arcabouço fiscal.
A proposta evidencia um contraste: enquanto o salário mínimo tem ganho real e o Auxílio-Gás recebe reforço, a estagnação do Bolsa Família acende alerta para a vulnerabilidade de milhões de famílias em situação de pobreza.