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MC Cabelinho, Orochi e mais artistas reagem à prisão de MC Poze e denunciam a criminalização do funk: "O estado gosta de envergonhar nós"
Prisão do funkeiro gera reações contundentes de artistas, políticos e ativistas, que denunciam racismo, seletividade penal e a criminalização da cultura das periferias
A prisão de MC Poze do Rodo, ocorrida na quinta-feira (30), mobilizou artistas, políticos e ativistas que denunciam a criminalização da cultura preta e periférica. O cantor foi detido em casa, no Recreio dos Bandeirantes, por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e levado algemado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, sem se pronunciar à imprensa.
Nas redes sociais, o rapper Oruam, de 23 anos, se manifestou com indignação. “O estado gosta de envergonhar nós. Algemaram o Poze e nem precisava disso. Todo mundo sabe que é mentira. Ele é cantor, é exemplo para várias pessoas. Isso é a maior covardia”, afirmou.
MC Cabelinho também se posicionou: “Desde sempre a cultura preta, favelada e periférica é criminalizada, e ultimamente isso está se intensificando. Quando um roteirista escreve a vida de um traficante, é arte. Quando um MC relata a realidade da favela, é apologia ao crime?”, escreveu o artista, que também atua em novelas da TV Globo.
O rapper Orochi, fundador e CEO da gravadora Mainstreet Records, da qual Poze faz parte, reforçou que a empresa atua dentro da legalidade: “Não existe lavagem de dinheiro do crime, nem associação ao crime na Mainstreet. Liberdade Poze do Rodo! Vários bandidos engravatados deveriam ser tratados dessa forma, e não são.”
Outros artistas também demonstraram apoio: SD9, MC Maneirinho, Major RD, Bielzin e Jonathan Azevedo compartilharam mensagens de solidariedade e críticas à forma como Poze foi conduzido. A deputada federal Erika Hilton e a companheira de Poze, Vivi Noronha, também se posicionaram.
