18 de setembro de 2025

África

Dança Zulu mantém viva a tradição e a ancestralidade na África do Sul

Cada movimento e batida de tambor conecta passado e presente, reafirmando valores e a luta de um povo

• 18/09/2025
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Reprodução: Wirestock Creators / Shutterstock

Na África do Sul, a dança Zulu ocupa um lugar central na vida social e espiritual. Mais do que entretenimento, ela é um elo entre passado e presente, transmitindo histórias, valores e símbolos da ancestralidade. Cada passo, cada batida de tambor é uma afirmação de identidade.

Entre as formas mais conhecidas está a Indlamu, a chamada “dança guerreira”, marcada pelo gesto vigoroso de erguer a perna até a altura da cabeça e batê-la com força no chão, em sincronia com os tambores. Geralmente realizada por homens em pares ou grupos, ela expressa coragem, disciplina e orgulho da comunidade.

Há também o Ukusina, tradicional em celebrações como casamentos e encontros comunitários, que combina canto, palmas e movimentos cheios de energia. O Ingoma, por sua vez, é associado a ritos de passagem e transições da vida, especialmente entre jovens.

Outro momento emblemático é a Umhlanga, conhecida como Reed Dance, cerimônia anual em que jovens mulheres desfilam com juncos e dançam diante do rei Zulu. A celebração reforça valores de coletividade, respeito às tradições e papel da juventude na preservação cultural.

Essas manifestações mostram como a dança Zulu é também uma forma de resistência. Mesmo diante das transformações sociais, os movimentos continuam vivos em festivais, cerimônias e apresentações, reafirmando o legado de um povo que faz da música e da dança uma linguagem de pertencimento e continuidade histórica.

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