Prêmio Sim à Igualdade Racial
Luana Génot: a origem do “Sim à Igualdade Racial” e o impacto da maior premiação de equidade do país
Escritora e comunicadora mostra como transformou vivências pessoais em ação institucional, inspirando mudanças no mundo corporativo

No sétimo episódio da série Nossas Vivências, apresentada por Fátima Bernardes, a empresária e CEO do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), Luana Génot, explicou como surgiu a expressão “Sim à Igualdade Racial”, hoje nome da maior premiação de equidade racial e justiça climática do país.
Para Luana, substituir o “não ao racismo” por uma mensagem afirmativa cria pontes e engaja a sociedade.
“A palavra negativa afasta. Quando dizemos ‘sim’, convidamos cada um a se reconhecer parte da mudança”, destacou.

Criada pela mãe e pela avó, Luana enfrentou episódios de racismo desde cedo. A experiência como voluntária na campanha de Barack Obama reforçou sua visão global e a convicção de que o combate ao racismo exige ação coletiva. De volta ao Brasil, fundou o ID_BR, que já capacitou mais de 700 mil colaboradores e 60 mil professores, promovendo letramento racial e mudanças culturais em empresas e escolas.
Além de liderar o instituto, Luana é escritora, comunicadora e conselheira. Seus livros e palestras traduzem conceitos complexos em linguagem acessível, aproximando diferentes públicos do debate racial.
Na entrevista, ela reforçou que a diversidade deve ser vista como valor estratégico, capaz de impulsionar inovação e resultados.
“Levo cores e inclusão para dentro e fora do trabalho, usando minhas roupas e meu conhecimento para desafiar o sistema que apaga o brilho das mulheres no mundo corporativo”, disse.
Ao compartilhar sua trajetória, Luana lembrou que a igualdade racial não é um ideal distante, mas uma construção diária baseada em coragem, educação e empatia.