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Governo estuda implantar tarifa zero no transporte público em todo o Brasil
Proposta envolve subsídios federais e busca garantir mobilidade urbana como direito social
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à equipe econômica que avalie a viabilidade de implantar a tarifa zero no transporte público em todo o país. A proposta, que vem sendo articulada com apoio da Frente Parlamentar da Tarifa Zero, coordenada pelo deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), coloca a mobilidade urbana no centro do debate sobre direitos sociais e inclusão.
A medida prevê a possibilidade de ônibus gratuitos em escala nacional, algo que até pouco tempo atrás era considerado inviável. Entre os modelos estudados estão subsídios federais, parcerias com estados e municípios e até a retomada de propostas antigas, como a criação de taxas sobre combustíveis para custear o transporte coletivo urbano.
Segundo aliados, o presidente Lula vê na tarifa zero uma forma de reduzir desigualdades, ampliar o acesso a serviços essenciais e incentivar o uso do transporte coletivo como alternativa sustentável às opções individuais. Também está em estudo a aplicação gradual da proposta, com gratuidade em domingos e feriados, ou para trabalhadores em deslocamentos diários, antes de uma possível expansão total.
O desafio principal, no entanto, é o custo fiscal elevado. Para zerar as tarifas em todo o território nacional, será necessário um volume considerável de recursos públicos. Por isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi encarregado de conduzir os estudos de viabilidade econômica da medida.
Ainda em fase de análise, a proposta de tarifa zero se insere em um movimento mais amplo de reimaginar o transporte como direito social universal e não apenas como serviço pago. Se avançar, pode transformar a mobilidade urbana brasileira e colocar o país na vanguarda das políticas públicas de inclusão e sustentabilidade.




