Esportes
Equipe brasileira abandona final na Argentina após sofrer racismo em campeonato de polo aquático
Atletas do SESI-SP denunciaram ofensas racistas durante semifinal e decidiram não disputar a final como forma de protesto

O que era para ser uma celebração do esporte terminou em denúncia e protesto. A equipe de polo aquático do SESI-SP abandonou a final da Super Liga Sul-Americana de Clubes, realizada em Buenos Aires, após um de seus atletas ser vítima de racismo durante a semifinal contra o Gymnasia y Esgrima, da Argentina.
De acordo com o clube, as agressões foram ouvidas por todos os presentes e reconhecidas até pelo árbitro da partida. A resposta da organização, que puniu o agressor com apenas uma hora de suspensão, foi considerada insuficiente. Em protesto, os brasileiros decidiram não entrar na água na partida decisiva.
Em nota oficial, o SESI-SP afirmou que a decisão contou com apoio integral da diretoria e que medidas jurídicas serão avaliadas:
“Atitudes como essa mancham a imagem do polo aquático, da competição e prejudicam o desenvolvimento da modalidade. É necessário combater com firmeza e vigor todas as formas de discriminação no ambiente esportivo.”
Com a desistência, o Fluminense foi declarado campeão da etapa em Buenos Aires. A decisão contou ainda com o apoio da ABDA (Associação Bauruense de Desportos Aquáticos), que reforçou o repúdio ao episódio de discriminação.
Equipe brasileira de polo aquático desiste de final após sofrer racismo na Argentina. https://t.co/kijNOvEE7u#PorMaisRespeito pic.twitter.com/0pq78tYHEX
— Observatório Racismo (@ObRacialFutebol) August 25, 2025
O caso reacende o debate sobre o racismo no esporte sul-americano, mostrando que ainda há muito a ser enfrentado para que a igualdade e o respeito prevaleçam dentro e fora das piscinas.