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Morre George Raveling, pioneiro do basquete e executivo que levou Michael Jordan à Nike
Ex-técnico universitário e treinador do Hall da Fama, Raveling também guardava um elo com Martin Luther King Jr
O esporte perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas. Morreu aos 88 anos George Raveling, treinador do Hall da Fama, pioneiro do basquete universitário americano e executivo da Nike que ajudou a transformar Michael Jordan em um fenômeno global. A informação foi confirmada por sua família, que relatou que ele enfrentava um câncer.
Como treinador, Raveling fez história ao comandar programas em universidades como Washington State, Iowa e USC, sendo o primeiro homem negro a ocupar o cargo na conferência Pac-8 (atual Pac-12). Também integrou a comissão técnica da seleção dos Estados Unidos em duas Olimpíadas, consolidando sua influência no desenvolvimento do basquete.
Aos 57 anos, iniciou uma nova fase como executivo da Nike, onde se tornou diretor global de marketing esportivo. Foi nesse papel que exerceu um impacto histórico: apresentou o jovem Michael Jordan ao executivo Sonny Vaccaro, movimento que deu origem ao acordo que criou a linha Air Jordan, avaliada hoje em bilhões de dólares. Essa passagem foi retratada no filme Air (2023), em que Raveling foi interpretado por Marlon Wayans.
Mas seu legado ultrapassa o esporte. Raveling também esteve presente na Marcha sobre Washington, em 1963, onde atuou como voluntário de segurança e recebeu de Martin Luther King Jr. uma cópia original do discurso “I Have a Dream”. O documento, preservado por décadas, simbolizou sua conexão com a luta pelos direitos civis.
Induzido ao College Basketball Hall of Fame em 2013 e ao Naismith Memorial Basketball Hall of Fame em 2015, Raveling foi celebrado como mentor, conselheiro e referência de sabedoria. Sua vida uniu basquete, cultura e ativismo, mostrando que o alcance de um treinador pode ir muito além das quadras.
