Beleza
Miss Costa do Marfim proíbe perucas e apliques e valoriza beleza natural nas seletivas de 2025
Comitê organizador quer romper com padrões estéticos ocidentais e reforçar orgulho da identidade africana ao exigir que candidatas usem apenas seus próprios cabelos
Para contribuir na autoestima com cabelos naturais, os organizadores do Miss Costa do Marfim decidiram proibir perucas, apliques e extensões de cabelo nas etapas preliminares da edição 2025. A medida, adotada nas 13 cidades do país onde ocorrem as seletivas — além de duas sedes internacionais para candidatas da diáspora —, busca resgatar e valorizar a beleza natural das mulheres marfinenses.
“Queremos que as candidatas sejam naturais — seja com tranças ou cabelos alisados, deve ser delas. A beleza deve ser crua”, afirmou Victor Yapobi, presidente do comitê organizador, em entrevista à BBC.
A iniciativa visa romper com os padrões de beleza ocidentais que, historicamente, dominaram concursos de beleza em diversos países africanos.
Durante décadas, os concursos na Costa do Marfim exaltaram visuais com longas perucas e extensões, com participantes investindo somas consideráveis em penteados e roupas. Poucas candidatas ousaram contrariar essa estética predominante.
Uma das exceções foi Marlène-Kany Kouassi, eleita Miss Costa do Marfim em 2022, que desfilou com o cabelo curto e natural, usando apenas a coroa como adorno — gesto que a tornou símbolo de empoderamento e orgulho da identidade africana.
