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Brasil registra menor taxa de desemprego em 10 anos, mas 38 milhões seguem na informalidade
Dados do IBGE mostram avanço no mercado de trabalho, porém revelam desafios na qualidade das ocupações
O Brasil alcançou em julho de 2025 a menor taxa de desemprego dos últimos dez anos. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE, a taxa de desocupação caiu para 5,6% no trimestre móvel encerrado em julho, o menor índice desde o início da série histórica, em 2012.
O número de pessoas sem trabalho recuou para cerca de 6,1 milhões, enquanto a população ocupada atingiu 102,4 milhões de trabalhadores. O resultado reflete uma recuperação no mercado de trabalho, após anos de instabilidade econômica e social.
Porém, o cenário ainda traz uma contradição importante: a informalidade continua elevada. Dos ocupados, 37,8% atuam sem registro ou vínculo formal, o que corresponde a aproximadamente 38,8 milhões de pessoas. Esse contingente de trabalhadores enfrenta rotinas marcadas por instabilidade de renda, ausência de benefícios e menor proteção social.
Especialistas apontam que a queda no desemprego é positiva, mas ressaltam que a qualidade dos postos de trabalho precisa ser discutida. Estar empregado não significa, necessariamente, ter acesso a direitos básicos como previdência, férias ou segurança econômica.
