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Visto americano fica mais caro e exige novas etapas a partir de outubro
Com a implantação da taxa “Visa Integrity Fee”, processo se torna mais custoso e burocrático para turistas, estudantes e trabalhadores temporários

A partir de 1º de outubro de 2025, quem pretende viajar para os Estados Unidos vai precisar se preparar para um processo de visto mais caro e mais burocrático. O governo americano anunciou a criação da taxa chamada Visa Integrity Fee, no valor de US$ 250 (cerca de R$ 1.400), que será aplicada a todos os vistos de não imigrantes, incluindo turismo, intercâmbio, trabalho temporário e estudo.
Com a cobrança extra, o custo total para emissão do visto passa de US$ 185 para aproximadamente US$ 435, um dos valores mais altos da história. Embora o governo afirme que a taxa pode ser reembolsada em alguns casos, especialistas alertam que o processo deve ser demorado e pouco transparente.
Além do impacto financeiro, a mudança também traz novas exigências. A dispensa de entrevista para menores de 14 anos e pessoas acima de 79 foi suspensa. Na prática, quase todos os solicitantes precisarão comparecer pessoalmente a consulados e embaixadas, o que deve aumentar filas e prazos de agendamento.
Outra novidade é o reforço nas análises de segurança, incluindo a possibilidade de revisão de redes sociais e, em casos específicos, a aplicação de fianças que podem variar entre US$ 5.000 e US$ 15.000, para evitar o chamado overstay, quando o visitante permanece além do tempo permitido.
Críticos avaliam que as medidas podem desestimular o turismo, os estudos e os intercâmbios culturais, além de dificultar negócios entre Brasil e Estados Unidos.