6 de maio de 2025

Cinema e TV

'Virgínia e Adelaide' ganha trailer e data de estreia: longa celebra pioneiras da psicanálise no Brasil

Filme chega aos cinemas em 8 de maio e retrata a amizade entre a primeira psicanalista negra do país e sua mentora, uma refugiada judia alemã

• 06/05/2025
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Foto: Divulgação

Na véspera do Dia das Mulheres, ‘Virgínia e Adelaide ganha trailer oficial e confirma estreia nos cinemas em 8 de maio. Dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado, o filme narra a história real do encontro entre duas pioneiras da psicanálise no Brasil: Adelaide Koch, refugiada judia que escapou do nazismo, e Virgínia Bicudo, primeira psicanalista negra do país.

Com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre e coprodução da Globo Filmes e GloboNews, a obra tem distribuição da H2O Films e marca a estreia de Yasmin Thayná na direção de longas-metragens. O roteiro foi escrito por Furtado em parceria com Thayná.

Sophie Charlotte interpreta Adelaide Koch, e mergulhou em memórias familiares para compor a personagem. “Foi um mergulho profundo como atriz e como mulher. Cada palavra do roteiro está ali por um motivo, porque constrói os universos ocultos dessas mulheres”, afirma a atriz.

Gabriela Correa dá vida a Virgínia Bicudo, cuja trajetória segue invisibilizada mesmo após tantas conquistas. “Muita gente nem imagina que a primeira psicanalista do Brasil foi uma mulher negra. Sua vida e obra foram silenciadas”, destaca. Gabriela ressalta ainda o caráter visionário da personagem: “Ela foi pioneira em tantas áreas: mestra em Sociologia, professora universitária, intelectual negra em um país estruturalmente racista”.

Veja uma cena exclusiva para os leitores da Africanize:

As duas se conheceram em 1937, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas. Ao longo de cinco anos de sessões clínicas, construíram uma relação que superou os papéis de paciente e terapeuta, tornando-se grandes amigas e colaboradoras nos estudos da psicanálise. Em uma época de forte repressão política e de múltiplas opressões sociais, desafiaram barreiras raciais, de gênero e classe.

Foto: Divulgação
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