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Paraná confirma sétima morte e mais de 20 feridos seguem internados após tornado devastador
Fenômeno destruiu quase 90% das casas em Rio Bonito do Iguaçu e deixou o estado em calamidade pública
O governo do Paraná confirmou nesta terça-feira (11) a sétima morte provocada pelo tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu e outras cidades do sudoeste do estado na última sexta (7). A vítima mais recente é José Eronides de Almeida, de 70 anos, que sofreu uma insuficiência cardíaca após o trauma do desastre.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 20 pessoas seguem internadas e centenas de feridos já foram atendidos. Estima-se que o fenômeno tenha afetado mais de 800 moradores, destruindo casas, escolas e comércios em poucos minutos. O tornado foi classificado como de intensidade F3 a F4 na escala Fujita, uma das mais altas já registradas no país, com ventos que ultrapassaram 250 km/h.
O cenário em Rio Bonito do Iguaçu é de devastação total: cerca de 90% das edificações da área urbana foram danificadas ou destruídas, e centenas de famílias perderam tudo. O governo estadual decretou estado de calamidade pública, e equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Exército seguem mobilizadas na região.
Além da perda material, o trauma psicológico atinge quem sobreviveu. Muitos moradores relatam que não tiveram tempo de buscar abrigo antes da ventania. O barulho, comparado ao de “um trem passando dentro da casa”, foi seguido por destruição instantânea e desespero.

Entre as vítimas, estão agricultores, idosos e famílias que viviam em áreas de vulnerabilidade social, o que reforça como eventos climáticos extremos têm atingido com mais força as populações periféricas e rurais. As autoridades estaduais afirmam que a prioridade agora é abrigo, alimentação e reconstrução emergencial, mas entidades locais cobram também apoio psicológico e econômico para os afetados.
Meteorologistas do Simepar e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmaram que o tornado é um dos mais intensos já registrados na história do Brasil e que o evento está diretamente ligado a mudanças climáticas globais, responsáveis pelo aumento de tempestades severas na região Sul nos últimos anos.




