12 de maio de 2025

Afri News

Nova denúncia de racismo em escola Mackenzie envolve criança de 8 anos em São Paulo

Após repercussão de outro caso recente, família denuncia silêncio institucional e responsabilização da vítima

• 12/05/2025
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Foto: Reprodução/Mackenzie

Mais uma denúncia de racismo abala o Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo. Desta vez, a vítima é uma menina negra de apenas 8 anos, de acordo com o site Mundo Negro. Segundo boletim de ocorrência registrado pela família, a criança foi alvo de um comentário racista feito por um colega de turma, que se referiu ao seu cabelo crespo como “bem tipo de empregadinha pobre”, durante uma discussão em sala de aula.

Ainda de acordo com o registro, uma assistente de sala negra chegou a intervir, mas a professora de inglês orientou que as próprias crianças resolvessem o conflito sozinhas, o que agravou a situação. A escola, segundo a família, não tomou medidas imediatas e, além disso, teria feito a aluna pedir desculpas ao colega agressor, alegando que houve ofensas mútuas.

Foto: Reprodução/Crescer | Imagem Ilustrativa

O caso ocorre poucos dias após outra denúncia de racismo contra uma adolescente negra na mesma rede de ensino, gerando forte mobilização nas redes.

Em nota, o Mackenzie afirmou nesta sexta-feira (9) que a situação foi percebida pelas professoras, que teriam acionado a equipe de orientação educacional. A escola informou ainda que os alunos envolvidos receberam advertência formal e que os pais foram chamados para reuniões presenciais, destacando um “plano de acompanhamento contínuo” com foco no acolhimento e na formação de atitudes respeitosas.

Outro caso de racismo

Uma estudante de 15 anos do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, está internada há mais de uma semana após ser encontrada desacordada no banheiro da escola, com um saco plástico na cabeça preso por um fio. A família acredita que ela foi vítima de uma tentativa de homicídio motivada por ataques de racismo que vinha sofrendo ao longo do último ano.

Os relatos indicam que a adolescente era alvo constante de ofensas racistas e homofóbicas por parte de colegas, chamavam-na de termos pejorativos. Em uma ocasião, teria sido coagida a beijar um aluno enquanto era filmada, sendo ameaçada com a divulgação do vídeo nas redes sociais.

A família afirma ter denunciado os episódios de racismo à escola desde maio de 2024, sem receber qualquer suporte ou providência concreta. E-mails enviados à orientação educacional alertavam sobre as agressões, mas a instituição alegou desconhecer tais incidentes.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que inicialmente trata o episódio como uma possível tentativa de suicídio. No entanto, a defesa da estudante busca ampliar a apuração, considerando que se trata de um crime grave de racismoe violência escolar.

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