22 de outubro de 2025

Filmes e séries

Nia Long e Larenz Tate se reencontram em novo drama romântico da Netflix inspirado em Maxwell

Mais de 25 anos depois de Love Jones, a dupla retorna às telas em um filme que celebra o amor preto adulto, a vulnerabilidade e a sonoridade neo-soul

• 17/10/2025
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Reprodução: @maxwell | @larenztate | @thecut | @iamnialong | @micaiahcarter

O reencontro que o público esperava finalmente vai acontecer. Nia Long e Larenz Tate, protagonistas do clássico Love Jones (1997), vão voltar a contracenar em um novo drama romântico da Netflix, inspirado no álbum Urban Hang Suite, de Maxwell.

A direção é de Eugene Ashe (Sylvie’s Love), com roteiro assinado por Kay Oyegun, de This Is Us. O longa, ainda sem título revelado, mergulha na estética sensual e introspectiva da era neo-soul dos anos 90, um universo onde amor e melancolia caminham lado a lado, e onde o silêncio fala tanto quanto a música.

O reencontro de uma geração

Mais do que um novo filme, o reencontro de Nia e Tate é um evento cultural. Love Jones não foi apenas um romance: foi um marco de representatividade estética, mostrando um amor preto urbano, sofisticado e poético em uma época dominada por estereótipos. Dessa vez, os dois voltam não como promessas, mas como lendas maduras, trazendo consigo a bagagem de quem já viveu o que antes só interpretava.

Os dois também assumem cargos de produção executiva, ao lado do próprio Maxwell, o que reforça o caráter autoral do projeto. Segundo o artista, a ideia é transformar as emoções do álbum em cinema, mantendo o mesmo clima íntimo e confessional. O disco, lançado em 1996, é um manifesto sobre amor, sensualidade e espiritualidade temas que se traduzem com naturalidade nas trajetórias dos protagonistas.

A escolha de Urban Hang Suite como base narrativa é simbólica.

O álbum ajudou a definir o gênero neo-soul um som que, como Love Jones, era feito para desacelerar, para olhar nos olhos, para amar com calma. Transpor esse espírito para a tela é mais do que nostalgia: é resgatar uma forma de se relacionar com o amor preto que é adulta, vulnerável e profunda.

E se o cinema dos anos 90 nos mostrou o primeiro beijo, o dos anos 2020 promete mostrar o reencontro o amor que resiste ao tempo.

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