2 de maio de 2025

Afri News

Moderadores ganeses processam Meta por danos causados ​​pela revisão de conteúdo extremo

Em Gana, um grupo de profissionais responsáveis pela revisão de postagens extremas decidiu agir legalmente contra a Meta

• 29/04/2025
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- Crédito: Reprodução: Guerin Blask | LIONEL BONAVENTURE

A pressão psicológica enfrentada por moderadores de conteúdo nas redes sociais tornou-se um tema de debate global. Eles alegam que a exposição contínua a conteúdos violentos e perturbadores resultou em danos psicológicos severos.

Os moderadores, contratados pela empresa Majorel, sediada em Acra, afirmam sofrer de ansiedade, depressão, insônia e outros transtornos causados pelo trabalho diário de filtragem de materiais sensíveis. Além disso, denunciam que pedidos de suporte psicológico foram ignorados, tornando o ambiente de trabalho insustentável. A Majorel, pertencente à multinacional francesa Teleperformance, nega as acusações.

O caso de Gana soma-se a relatos semelhantes vindos de outros países, como o Quênia, onde moderadores do Facebook também denunciaram condições de trabalho prejudiciais, com alguns sendo diagnosticados com transtorno de estresse pós-traumático devido à exposição prolongada a conteúdos gráficos. A ação judicial pode estabelecer precedentes sobre a responsabilidade das grandes empresas de tecnologia no bem-estar dos profissionais que atuam na moderação de suas plataformas.

No início do ano, a Meta encerrou seu sistema de checagem de fatos no Instagram e no Facebook, substituindo-o pelo modelo de notas de comunidade, semelhante ao utilizado pelo X (antigo Twitter). Com isso, em alguns países, a moderação de conteúdo já não existe da mesma forma, levantando preocupações sobre o impacto dessa mudança na disseminação de informações falsas.

Até o momento, a Meta não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

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