Blacks Leaders
Laiz Carvalho, primeira economista-chefe no Brasil, é destaque na Forbes e abre caminhos no mercado financeiro
Primeira mulher negra a ocupar o cargo de economista-chefe no Brasil, Laiz transformou sua trajetória em trampolim para outras mulheres e hoje lidera projeções no BNP Paribas, um dos maiores bancos do mundo

Abrindo caminhos, aos 35 anos, Laiz Carvalho já figura entre os principais nomes da economia brasileira! Primeira mulher negra a assumir o cargo de economista-chefe no Brasil, em 2020, na Brasilprev, ela possui 15 anos de carreira e foi classificada como “referência no mercado financeiro” pela Forbes Brasil.
“É um selo de qualidade e reconhecimento do meu trabalho”, afirma Laiz, que está na lista da Forbes Mulheres Mais Poderosas do Brasil.
Com 15 anos de carreira, Laiz trilhou um caminho marcado por superação, excelência técnica e um forte compromisso com a inclusão. Foi a primeira mulher negra a assumir o cargo de economista-chefe no Brasil, em 2020, na Brasilprev. “Precisamos mexer na base para que mais mulheres queiram trabalhar no mercado financeiro”, afirma.

Foi também na Brasilprev que ela viveu um dos marcos de sua trajetória: ao assumir o comando das projeções econômicas, tirou a empresa de uma ausência de três anos no ranking do Banco Central e a colocou na terceira posição entre os bancos com projeções mais precisas.
Nascida no extremo leste de São Paulo, Laiz lembra que sua entrada no mercado financeiro começou com um estágio no banco Safra. Ao receber seu primeiro holerite, percebeu que ganhava mais do que seus pais juntos. “Senti que estava colocando os pés em outro mundo e entendi o que eu poderia ser”, diz. A partir dali, formou-se em Economia pela USP e passou por instituições como Santander e BTG Pactual, até conquistar uma vaga no BNP Paribas.
Hoje, Laiz se destaca num ambiente ainda profundamente desigual. “É um espaço majoritariamente ocupado por homens brancos de famílias com renda dezenas de vezes maior que a minha. Só me dei conta da importância do meu lugar há pouco tempo, quando me perguntaram como era ser a única mulher negra economista-chefe do país.”