7 de dezembro de 2025

Esportes

EDUCAFRO processa CBF e Conmebol por omissão contra racismo no futebol, após caso do jogador Luighi

Ação também pressiona os patrocinadores da CBF, para que exijam um posicionamento mais firme das entidades esportivas

Redação Africanize | 21/03/2025
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Foto: Marcelo Braga

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Conmebol estão sendo processadas pela EDUCAFRO Brasil por omissão na repressão a atos de racismo no futebol sul-americano. A organização da sociedade civil ingressou com uma Ação Civil Pública exigindo a responsabilização das entidades e a reparação de danos morais coletivos.

O processo ocorre em meio à crise gerada por recentes casos de racismo, incluindo os insultos racistas sofridos pelo jogador Luighi Hanri Sousa Santos, do Palmeiras sub-20, durante uma partida da Libertadores da categoria.

Foto: Reprodução/TV Globo

A punição aplicada pela Conmebol ao Cerro Porteño, de US$ 50 mil e jogos com portões fechados, foi amplamente criticada por clubes brasileiros e especialistas, que apontaram a falta de medidas mais enérgicas para coibir o problema.

Segundo o coordenador jurídico da EDUCAFRO Brasil, Dr. Sandro Luís Silva Santos, a ação também pressiona os patrocinadores da CBF, para que exijam um posicionamento mais firme das entidades esportivas. Já o diretor executivo da EDUCAFRO, Frei David Santos, reforçou que o racismo no futebol brasileiro e sul-americano ocorre de forma “recorrente e sistemática” e que a CBF precisa assumir sua responsabilidade na reparação dos danos.

Foto: Reprodução/EDUCAFRO Brasil

A organização pede que CBF e Conmebol paguem indenização equivalente a 20% do faturamento bruto anual, estimado em R$ 750 milhões, com destinação ao fundo de reconstrução dos bens lesados. Além disso, solicita que a Conmebol defina um representante legal no Brasil para lidar diretamente com questões relacionadas à discriminação no futebol.

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Redação Africanize