Esportes
EDUCAFRO processa CBF e Conmebol por omissão contra racismo no futebol, após caso do jogador Luighi
Ação também pressiona os patrocinadores da CBF, para que exijam um posicionamento mais firme das entidades esportivas

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Conmebol estão sendo processadas pela EDUCAFRO Brasil por omissão na repressão a atos de racismo no futebol sul-americano. A organização da sociedade civil ingressou com uma Ação Civil Pública exigindo a responsabilização das entidades e a reparação de danos morais coletivos.
O processo ocorre em meio à crise gerada por recentes casos de racismo, incluindo os insultos racistas sofridos pelo jogador Luighi Hanri Sousa Santos, do Palmeiras sub-20, durante uma partida da Libertadores da categoria.

A punição aplicada pela Conmebol ao Cerro Porteño, de US$ 50 mil e jogos com portões fechados, foi amplamente criticada por clubes brasileiros e especialistas, que apontaram a falta de medidas mais enérgicas para coibir o problema.
Segundo o coordenador jurídico da EDUCAFRO Brasil, Dr. Sandro Luís Silva Santos, a ação também pressiona os patrocinadores da CBF, para que exijam um posicionamento mais firme das entidades esportivas. Já o diretor executivo da EDUCAFRO, Frei David Santos, reforçou que o racismo no futebol brasileiro e sul-americano ocorre de forma “recorrente e sistemática” e que a CBF precisa assumir sua responsabilidade na reparação dos danos.

A organização pede que CBF e Conmebol paguem indenização equivalente a 20% do faturamento bruto anual, estimado em R$ 750 milhões, com destinação ao fundo de reconstrução dos bens lesados. Além disso, solicita que a Conmebol defina um representante legal no Brasil para lidar diretamente com questões relacionadas à discriminação no futebol.