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Banco Central anuncia limite de R$ 15 mil para Pix e TED em fintechs não autorizadas
Medida busca frear o uso de transferências digitais pelo crime organizado e reforça pressão regulatória sobre o setor financeiro
O Banco Central anunciou uma mudança significativa nas regras de transferências digitais no Brasil. A partir de agora, operações de Pix e TED realizadas por instituições de pagamento ainda não autorizadas pelo BC, muitas delas fintechs que funcionam via prestadores de tecnologia (PSTIs) passam a ter um limite máximo de R$ 15 mil por transação.
A decisão, com efeito imediato, foi apresentada pelo presidente da instituição, Gabriel Galipolo, como uma resposta direta ao uso de grandes transações pelo crime organizado. Segundo ele, dados internos mostram que mais de 99% das operações corporativas ficam abaixo desse teto, o que significa que a medida atinge pouco o usuário comum, mas dificulta a movimentação de valores expressivos usados em fraudes.
Além do novo limite, o BC também estabeleceu que os PSTIs devem comprovar capital mínimo de R$ 15 milhões e se adequar a novas exigências de governança e gestão de riscos no prazo de até quatro meses. Outra mudança importante é o adiantamento do prazo para que instituições de pagamento solicitem autorização oficial para operar: de dezembro de 2029 para maio de 2026.
O movimento pressiona o setor a acelerar sua regularização e amplia o debate sobre segurança no sistema financeiro digital. Especialistas apontam que a medida reforça a busca por maior controle em um momento em que não apenas fintechs, mas também o mercado de criptoativos, entra no radar do regulador.
