17 de junho de 2025

Afri News

Incêndio destrói mansão histórica ligada à escravidão no Sul dos Estados Unidos

Mansão foi erguida com o trabalho forçado de mais de centenas de escravizados

• 19/05/2025
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- Reprodução/Facebook (@Chris Daigle)

Na última quinta-feira (15), um incêndio de grandes proporções consumiu a Nottoway Plantation, uma das maiores mansões do período pré-Guerra Civil nos Estados Unidos. Localizada em White Castle, Louisiana, a propriedade, que abrigava 165 cômodos e mais de 5 mil metros quadrados, ficou completamente destruída, deixando a comunidade local em choque e turistas animados.

Construída em 1859 pelo barão do açúcar John Hampden Randolph, a mansão foi erguida com o trabalho forçado de mais de centenas de escravizados. Durante décadas, simbolizou a riqueza do Sul dos EUA e, ao mesmo tempo, a brutalidade da escravidão. Nos últimos anos, Nottoway havia sido transformada em um hotel, museu e espaço para eventos, atraindo turistas e casais em busca de um local luxuoso para cerimônias.

A destruição da mansão gerou reações diversas. Para muitos ativistas e membros da comunidade negra, o incêndio representa o fim de um símbolo de opressão, já que o local era frequentemente alvo de críticas e protestos contra a romantização da escravidão.

Por outro lado, historiadores lamentam a perda de um importante marco arquitetônico e histórico. Para o presidente da Câmara de Iberville, Chris Daigle, a destruição da Nottoway Plantation representa um duro golpe para a história local. Em um comunicado publicado no Facebook, ele destacou a relevância da mansão: “Nottoway não era apenas a maior mansão remanescente do período anterior à Guerra Civil no Sul, mas também um símbolo da grandeza e das profundas complexidades do passado da nossa região.”

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